quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O pai lá de casa

Não lhe senti nunca o instinto paternal (se há um maternal também há um paternal, certo?) Falávamos em ter filhos, mas o relógio biológico dele ainda não tinha entrado em tiquetaque (ou eu não o tinha sentido). Não pegava em bebés. (ponto final - isto diz muito, não?)

O instinto veio ao de cima com o nascimento do mais velho. Logo nos primeiros dias aquele que nunca pegava em bebés mudou fraldas, deu banhos e só não deu de comer porque a natureza ainda não lhes deu a oxitocina e a prolactina necessárias para tal. E surpreendeu.

E a coisa foi crescendo. Não foi só o deslumbramento inicial. Ele que é um vulcão latente - entra facilmente em erupção - aprendeu a respirar fundo, a acalmar-se, a lidar com crianças e trata, cuida, brinca, mima. (Acho sempre que muito mais e melhor do que eu.)

E isto é tão, mas tão verdade, que o instinto paternal dele não se esgotou em duas gravidezes, nem em 2 filhos com idades próximas, e continua (tal como eu) a desejar muito um terceiro. E a dizê-lo ao mundo. E a planeá-lo.

11 comentários:

Tita Dom disse...

:-))) Toca a pensar nisso a séria!
Eles surpreendem-nos tanto, e é tão bom que isso aconteça no dia-a-dia.
Bjs grandes

CGM disse...

O nosso pai também me surpreendeu com a facilidade com que lida com os miúdos, no entanto é demasiado racional para pensar no terceiro (eu disse pensar, não disse desejar).

Pode ser que a vida mude.

Mariah disse...

Olá Flores,
Quando conheci o meu marido (há já muitos anos) ele para além de não ter instinto paternal, detestava crianças, não tinha paciência nenhuma para bebés. Agora é um pai extremoso e dedicadíssimo e está completamente apaixonado pelo filho.
beijos

Amélia do Benjamim disse...

O instinto maternal nos pais não se define. Tal como a andropausa, acontece. Mas existe! :o)

Parece que os bebés emanam um cheiro que 'faz sentido' aos pais, como que os guiando, encantando, sejam eles um, dois, três ou mais bebés. As primeiras vocalizações também. Depois, existe mais nos homens que nas mulheres o sentido do legado dos genes, que funciona como protector ad-eternum, pais e filhos aliados perpétuos... e enquanto uns crescem, neles cresce o desejo de 'recomeçar' all over again...

Beijinhos

Alda Benamor disse...

:D

Ainda me apanhas!

dia-a-dia disse...

Estão, portanto, grávidos!


;)

Cristina disse...

:) Têm um papá muito atencioso...
O pai cá de casa surpreende-me a cada dia que passa. Com a Leonor é uma adoração.
O terceiro é que por enquanto está fora das suas intenções. Por motivos económicos... Mas pode ser que a vida nos ofereça uma surpresa.
Quanto a vocês, força!!!

bjos

Cristina

Mae Frenética disse...

Humm... há novidades? :)

O meu em mesmo mto instinto paternal ou lá o q isso é.
A maneira como se derrete com o nosso e os filhos outros até é comovente...

. disse...

IUPIIIIIIIIIIIII


Gostei deste texto!!! Mais uma flor para esse jardim? Ó, ó, era ouro sobre azul.


Luz de Estrelas

Abraçar disse...

O pai aqui de casa sempre foi daqueles com instinto paternal escrito pela cara toda, mas também tinha medo, da responsabilidade, do trabalho, e de tudo o resto.
Hoje é o pai que eu esperava, isso e um bocadinho mais.

Já te respondi à tua pergunta lá no blog.

Beijos

ddm disse...

Boa!

O pai aqui de casa tem um percurso semelhante... à excepção da viagem ao terceiro. :P