Chama-se Aldo Naouri. É pediatra e polémico. Acabou de sair um livro escrito por ele. Educar os Filhos: Uma Urgência nos Dias Que Correm.
Saiu também, por estes dias, uma entrevista com ele no Público. Diz umas coisas com as quais não concordo, nomeadamente em relação aos casais homossexuais e à possibilidade de adoptarem crianças. Uma possibilidade que considera desumanizante; ou em relação ao facto de os pais não deverem pedir desculpa (assumir um erro ou uma imperfeição não é uma forma de mostrar aos miúdos que somos humanos, que cometemos erros, reconhecemos isso mesmo e temos a humildade de o dizer?); ou dizer que são poucas as crianças na Europa que vivem na miséria, são vítimas de abusos e de maus tratos é, digo eu, viver num mundo alienado da realidade (ainda que obviamente ele possa contrapor a ideia de comparação com o resto do mundo.) Mas se fazemos comparações deste nível, também devemos fazer em relação ao número de crianças/lar nessa mesma Europa e no resto do mundo.
Ou seja, discordando de alguns dos radicalismos acho que ele mete o dedo na ferida.
Permissividade, facilitismo, irresponsabilidade são alguns dos adjectivos que ele utiliza para classificar a educação dada pelos pais de hoje (e que segundo ele já vem da nossa geração; diz que a crise actual é já consequência do «temos direito a tudo», que terá começado na década de 60.)
Com isto tudo alerta, diz ele, para o risco de estarmos a criar tiranos.
Em França, 53 por cento das decisões sobre que produtos comprar são tomadas pelas crianças. Acrescento eu, que já li algures mas nem me lembro onde, incluindo o destino de férias.
Não é sexta-feira, mas é dia de debate. :)
(Se alguém da escolinha dos putos lê isto começarão logo com um: está explicado, ela é uma tirana. :))
107 comentários:
Aqui, debaixo do meu telhado, é mais o não que impera que o sim.
Vejo a permissividade na postura dos avós mas essa faz parte, tem de ser assim para contrabalançar a nossa não permissividade.
Mas o NÃO, para mim, não é difícil de dizer, é difícil é de manter.
Sempre houve pais e filhos tiranos, mas a discussão é uma espiral. O facto de os pais serem, actualmente, assim também passa muito pela tal pressão que a sociedade exerce sobre eles, de terem de ser perfeitos, trabalhar e educar na perfeição. É uma sociedade que não admite falhas. Estou para ver quando é que aparece um iluminado que relaxe os pais no que toca à educação e diga apenas: criem-nos no amor e no respeito, o resto, pá, não é convosco!!! Nem tudo depende dos pais, caramba.
Sinceramente acho que há pais que abusam em relação a dar tudo os filhos...mas visto noutro prisma, será que foi porque não tiveram e agora podem dar?
Acredito que desde pequenos devem ter noção de que se querem algo tem de se esforçar para isso.
é a minha opinião.
Mas tudo depende do meio em que estamos inseridos...
Essa da homossexualidade nem me merece comentários...
Luz, leste a entrevista? Vai lá ler, se não o fizeste. Ele diz: sejam firmes e doces.
Sem ler o texto do Publico e, portanto, comentando apenas o teu post e nele apenas as questões que lanças em debate, ou seja, as da ferida: há permissividade sim. E não é apenas a permissividade de ver ou não televisão ou de comer ou não doces (sua tirana!) parece-me que há a mesma permissividade que há na sociedade em geral. A inconsequência dos actos. Somos filhos de gente oprimida que um dia se libertou e isso levanta sem dúvidas – no meu entender - questões que estão a resultar hoje em problemas sociais e culturais.
Na minha lista de preocupações há uma que se evidência. Hoje nós com muito mais poder de compra do que os nossos pais estamos a dar-lhes sem que eles peçam e sem nós próprios darmos conta muito mais coisas e se algumas são óptimas para o seu desenvolvimento outras, supérfluas, nem tanto. Em cera medida é normal que os filhos tenham coisas que os pais não tiveram. Mas não gosto do facilitismo.
Vou lerrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr. N me tinha apercebido do link.
Um pouco contradítório. Não concordo nada com quase nada. Toca na ferida permissividade sim, mas o respeito e a democracia ensinam-se pelo exercício da mesma. Se os pais não souberem o que é, os filhos dificilmente o saberão, Dar ordens sem explicar? Não pedir desculpa? Olha, o homem pode achar que tem toda a razão do mundo. Os meus filhos não vão ser criados assim. Já pedi muitas vezes desculpa ao meu filho. E explico-lhe o porquê de ter de obedecer a certas regras. Sempre. Sou permissiva demais, por vezes, mas também sei ser o contrário. Não sei como será o meu filho, no futuro, mas se sair aos pais, não tenho porque me queixar. E vou deixar de ler estes estudiosos. A firmeza e a doçura estão ali quase como secundários.
Aqui venho eu outra vez. LOL. A questão central da deseducação dos tempos que correm é o consumo associada a uma forma perversa de compensação de afectos. Porque os pais não têm, de facto, tempo para os filhos. Nem paciência. Cada um que faça o melhor dentro da sua casa.
desta posta, deixo p mai logo q agora tenho q ir ver de outra especialidade oki? :P
bj meu
Olha sabes, posso ser sincera? posso? é que eu hoje já tou por tudo por isso...
esta cena de cada psicologo, cada doutor, cada psiquiatra, pedopsiquiatra e o raio, isto deles cada um dizer de sua maneira como os pais devem educar, e que se educa mal, e que somos todos inresponsaveis, e que as criancinhas desgraçadinhas são vitimizadas a toda a hora e que mais não sei quê... enerva-me sabes!
Pá cada pai/mãe é como é, e como nasceu para tal... cá andar ler livros, cá ver entrevistas, cá ouvir estes marmanjos, que só tão ali porque se ganha bem e sempre podem andar com cartõeszinhos de contactos onde esteja escrito Sr. Dr. Exm. Psico... qualquer coisa e que muitos nem pais são, e só nos dão na cabeça porque tamos todos a aprender e ninguém nasce ensinado, e que se EU, mãe dum puto muita giro, me desnaturo por qualquer coisinha, sou fuzilada com todas as letras e cilabas, que esses mesmos livros, programas, debates falam
por isso, cada um educa da maneira q educa e não se fala mais nisso!
jocas e isto n foi nada pessoal, foi mais um desvaneio meu
Eu tb li a entrevista e pensei exactamente tudo o q tu pensaste. Assino por baixo.
Tirana, portanto, tb.
Mother,
não sei se fui tiranizada na infâncias, mas neste blogue acredita-se na democracia. Podes falar à vontade. :)
Eu li a entrevista dele na Visão da semana passada. Nessa entrevista, não me pareceu tão polémico e concordei em quase tudo com ele. Discordei quando disse que os pais não têm de explicar o porquê das repreensões. Nisso discordo frontalmente, pois se não entendem o castigo, não percebem o que está mal, apenas aprendem a ter medo.
Depois vi as afirmações mais polémicas no público e estou contigo em termos de não perfilhar totalmente o que diz.
Agora acho, como dizes e bem, que ele põe, apesar dos extremismos, o dedo na ferida. Hoje os pais são alvos de um escrutício ímpar. Eu já fui criticada por repreender a Leonor quando faz asneiras, sob o argumento de que "é pequena, não entende" (o que é uma idiotice, claro que entende). Claro que se dentro de 2 ou 3 anos ela fosse uma miúda desregrada, voltaria a ser criticada por não a ter posto no sítio no devido tempo.
Os pais de hoje acho que muitas vezes andam perdidos. Esquecem o que o bom senso dita e pautam-se mais por aquilo que A, B ou C diz. Ou então são laxistas, deixam andar.
Ele tem razão em dizer que se estão a criar gerações de miúdos mimados e sem limites. E cabe aos pais a tarefa de contrariar isso.
Como a Mar há tempos disse, educar é chato. Pois é, que diabo, mas tem de ser. E dizer não ou repreender na altura certa não é não amar, muito pelo contrário.
Acho que, afirmações polémicas à parte, o homem tem bastante razão no que diz.
Ah, esqueci-me de accionar aquela coisa de follow-up dos comments. POr isso este comentário é mesmo só para isso lol
Este não é o brasileiro q veio a Portugal esta semana e foi entrevistado pela Márcia q não a nossa, pois não? :DD
Ambos têm óculos e escrevem coisas sobre crianças LOL
Mas a mensagem q guardei do outro foi tal e qual: as crianças estão a crescer no facilitismo total.
Zuza,
de Márcias e brasileiros não sei nada, mas gostava de saber. :D:D:D
Este é líbio e exerce (ou exercia) em França.
Vou só comentar em relação ao post, depois lei o artigo tá?
Os nossos filhos são o espelho daquilo que lhes mostramos/fazemos/agimos/etc, etc.
Eu penso que onde impera a alegria, a compreensão e pricipalmente o bom senso, nunca haverá lugar para a tirania.
Se sei que por alguma razão fui injusta com a minha filha não hesito nunca em lhe pedir desculpa, porque tenho a esperança que ela tome conscientemente a iniciativa de pedir desculpa quando notar que não procedeu bem comigo, ou com outra pessoa qualquer.
Por exemplo assim como na tua, também em minha casa é proibido o consumo desenfreado de doces e lambareirices durante a semana, no entanto aquando dos assédios da avó,ai que linda comeste a sopa toma lá um xupa, ela é a primeira a dizer que não pode porque a mãe e o pai tal e tal,...
Os cachopos vivem melhor com travões, orientam-se de outra forma, quando são ainda muito pequenos a liberdade total de escolhas fá-los sentir perdidos.
Crianças com regras a meu ver (claro!), são crianças mais felizes, sentem-se mais protegidas.
bjkas
Das desculpas q se pedem ou não se pedem: eu peço desculpa SEMPRE que grito e me exalto, pq NADA do q elas fazem justifica esse meu comportamento. Mais valia ser don't be sorry be carfull... mas já q gritei pois claro q peço desculpa.
Muito diferente de ralhar/castigar/impor limites.
Há 2 coisas q este médico diz q me fazem mto sentido. A primeira, o «meu» pediatra tb nos ensinou. Não acorrer a um choro de um bebé (mm q recém-nascido) assim q ele começa. Dizia ele q é para os bebés interiorizarem q os seus pedidos não são atendidos de imediato. :)
Eu pus em prática esta máxima. :D
A minha mãe dava-lhe um fanico de cada vez q eu não corria para o berço do miúdo.
Outra coisa com a qual concordo (e nesta mea culpa, facilito vezes de mais. Ainda bem q tenho mm ao meu lado - no trabalho - uma pessoa q se interessa tb por estas coisas da educação/crescimento e me chama para Terra,de vez em qdo.): ai tu és das que dá sem eles sequer pedirem? É verdade, às vezes faço isso.
(Sou tirana, mas não sou perfeita. :D)
Flores, como prometido aqui estou. Confesso que quando li isto o que pensei é como pessoas diferentes lêem coisas diferentes. Porque para mim permissividade e democracia não são sinónimos. Eu gosto que R. participe nas decisões da familia; ela sabe que se vai connosco ao supermercado pode escolher qualquer coisa para comer (escolhe iogurtes); se hesito no que vou cozinhar, pergunto-lhe se prefere peixe ou carne. O que não quer dizer que a deixe comprar porcarias cada vez que vamos ao supermercado, nem cortar a carne que vamos cozinhar. Por isso, aqui que tu leste como permissividade, eu li como o impedimento de participar em qualquer decisão. De acordo com a entrevista do publico, o autor não concorda em que se explique as razões das decisões as crianças. É assim porque sim, é o que ele parece defender.
Acho que a unica coisa que concordo com ele é que o não é importante. Mas o sim tambem é, e ele não fala dele!
Já para não falar na posição dele retrograda quanto aos casais monoparentais e homosexuais... essa faz-me subir paredes...
Estou a ver que isto dá mesmo para a discussão!
E viciada em sapatos mas não egoísta LOLOL
Eu compro-lhes algumas coisas sem pedirem: livros e principalmente "material escolar".
Raramente compro o q pedem e não precisam. E mto menos qdo o pedem.
Adoro fazer surpresas. E perceberem q o esforço é compensado (e ser minha filha é um esforço constante LOL). Mto diferente de as comprar ou chantagear...
Eu concordo em alguns aspectos, noutros não concordo de tudo. Mas uma coisa eu digo existem mts pais que em vez de educarem os filhos, compram-nos e aí sim estão a ser educadas crianças que pensam que lhes cai tudo do ceu e que é só querer que se tem. Eu já pedi mts vezes desculpa, explico sempre pq é que digo não, eu digo mts nãos. Mas agora matem-me tb já aconteceu depois de explicar principalmente ao mais velho o pq do não, ele dizer mas eu quero e aí virei bicho e rspondi-lhe : é não, porque eu sou tua mãe, já te expliquei e como tal eu é que mando e acabou-se a conversa. Portanto por vezes tb devo ser meia tirana. Lá em casa eu e o pai é que mandamos, existem limites e limites , mas claro cada um educa como sabe e consegue. Eu p.e. sou mt a favor de eles terem de lutar por algo que querem, o mais velho quer o judo e o futebol e sabe que a unica condição que lhe é imposta é o bom comportamento e bom aproveitamento escolar. Se ele cumpre tem direito, se não cumpre não o tem. mas estou tb de acordo com a Luz que hoje em dia os pais são criticados se dão, se não dão, se ralham, se não ralham...enfim!
Eu acho que interpretei os "pedidos de desculpa" de outra força. Há pedidos de desculpa que eles merecem ouvir e outros não. Não me parece que o senhor se referisse a pedidos de desculpa perante alguma injustiça mas a uma libertação dos pais perante os filhos. Acho que é a isso que ele se refere quando distingue autoridade de ditadura. Por exemplo, se os pai/mãe diz não a um qualquer pedido deles não vai depois pedir desculpa mesmoq ue a frio vez que foi injusto. Nesta base eu compreendo e aceito. Porque isso dá informações contraditorios ás crianças.
O meu filho come guloseimas
Às vezes compro-lhe coisas para o ver feliz
Às vezes cedo aos pedidos
Às vezes cedo às birras
Às vezes defendo-o dos ralhetes do pai
Mas estou sempre lá
Mimo-o
Conto-lhe histórias
Faço as comidas preferidas
Seco-lhe o cabelo
Canto para ele
Faço-he cócegas
Adormeço-o
Ensino-lhe a solidariedade, os princípios, a compreensão, a tolerância, o respeito pela Natureza
Não admito que responda mal aos adultos
Que tente mandar em mim
Que me levante a mão, ou a qualquer pessoa
Que corra para a estrada
Que seja mau para a irmã só porque sim
Tenho um longo caminho pela frente. Sei que faço umas quantas coisas mal- muitas mesmo- mas, pelo que depender de mim, o meu filho vai crescer com o essencial para ser um bom rapaz. Se não for, já não depende de mim. Pode vir a ser vaidoso, mandão, respondão, mas será íntegro, trabalhador, respeitador. Se não for, a culpa é minha? Nunca admitirei tal acusação. Sou uma boa mãe, dentro das minhas possibilidades. Posto isto, obrigadinho aos senhores estudiosos mas não preciso deles para nada.
*Mas adorei a discussão que aqui levantaste.
Joana,
eu tb. Tento é, ao ler estes textos/entrevistas extrapolar para além do meu universo familiar. Os meus tb escolhem algumas das coisas q compramos no supermercado ou a ementa do dia. Claro!
Agora, estes dados de 53% das crianças escolherem os produtos q consumimos é mto relevante, do meu ponto de vista.
Claro q o sim é mto importante tb. E o sim de comprar algo pq é o aniversário ou é um dia especial por um motivo qq concreto, é tão importante como o não do pedir só pq sim. (e estou a falar de mim, obviamente.)
No caso das famílias homossexuais discordo em absoulto, claro. Q ñ é será só uma questão de querer ter direito a um filho como tb temos direito a uma casa, a um carro, etc...
Já no caso das famílias monoparentais o q ele diz é q as crianças são mais tristes. (Não sei se são ou não, q conhecendo algumas, ñ conheço o sufiente para tirar conclusões. Lara, tens alguma coisa a dizer sb isto? :))
E tinha mais qq coisa a dizer, mas varreu-se-me. :)
Ah, os tiranos e a democracia.
Será qus os tiranos de hoje (crianças tiranas, I mean) saberão ser democratas, amanhã?
E esta é a questão q subentendo nas palavras dele, qdo fala de ensinar democracia, claro.
Acho que de facto a palavra-chave é o equilíbrio, a ponderação. Tudo o que seja ortodoxo, extremo é naturalmente passível de consequências desastrosas...
E ele como criou ele os filhos (se os tem) dele??
Tem que existir o meio-termo!
Os bebés/crianças não são um produto!
Essa teoria dos bebés chorarem propositadamente para os pais lhes darem colo, nunca acreditei e acho a coisa mais aparvalhada do mundo muito sinceramente!
Agora criança já a coisa muda de figura.
Eu sempre pedi desculpa á minha, sempre lhe disso um não na hora certa, sempre lhe dei um bombom, um livro, um brinquedo, um CD, um baton, um verniz, quando achei que deveria dar, se estrago quando lhe dou um presente? Não! Ela entende como mimo, e entende quando me pede e eu o não lho posso dar, ou quando “agora não pode ser” ou “ não te posso dar tudo!” explicando sempre os PORQUES!
E gabo-me sim, porque sou mãe, nunca me fez uma birra, nunca ficou frustrada e sempre entendeu o porquê das minhas decisões.
Da homossexualidade nem me vou prenunciar.
Educar é amar!
Luz,
eu tb faço essas coisas todas, claro. (Ñ defendo dos ralhetes do pai, à frente deles pelo menos, mas lanço olhares demolidores. :D)
O comentário da Márcia reforça a tua ideia, Joana. Diferentes olhos lêem coisas diferentes.
Tita,
ñ é isso q ele diz. (dos bebés) Ele diz q não devemos acorrer imediatamente assim q eles choram. E o chorar pode ser por fome/dor/outro motivo qq.
O meu pediatra tb defendia isso e a explicação parecia-me bastante plausível. Dizia ele, q o simples facto de ires a correr provoca uma deslocação de ar q pode activar o sentido de alerta deles. (somos mto primários/instintivos ao nivel dos sentidos). Se vens a correr é pq alguma coisa está mal e pode aumentar o choro. ;)
Colo dá-se sp, claro, a granel. :D
Acho que foi ele que disse que com permissividade estamos a criar adultos fascistas, porque estão habituados a terem tudo.
E com postura não permissiva criamos democratas.
Fez-me pensar que nalguns fascistas e em seus pais.
Algumas das afirmções são absurdas.
Não se pode pedir desculpa! Não se pode explicar o porque de certas acções! Aquela que diz que os divorcios são atitudes egoístas perante as crianças... mas ele acha que alguém se separa de um dia para o outro, que não se pensa nas crianças, que seria melhor para eles viver numa farsa ou rodeado de discussões??? Que para os homosexuais,uma criança é um produto!!
Mas ele tem razão algumas coisa,há crianças que não sabem lidar com "nãos",até porque os ouvem pouco. há crianças que não definem o limite da boa educação, que não se distinguem dos pais (eu já vi um miúdo a dar pontapés à mãe,o que me chocou profundamente), mas o caminho que ele recomenda também não me parece o melhor.
No meio está a virtude, certo?
Eu sei que fazes. Daí que não me pareça que sejam os nossos filhos os tiranos do futuro. Sei lá. Por norma, pela blogos vejo gente muito esforçada em dar o seu melhor. Veremos o que nos calha na rifa...
Quanto a isso dos fascistas, hipérboles à parte, há situações em que a permissividade/passividade gera verdadeiros ditadores. Ainda há pouco tempo houve umas quantas reportagens, sobretudo espanholas, sobre o caso que eram assustadoras.
Li por alto, confesso que tenho pouca paciência para teorias sobre a educação dos miúdos e faz-me alguma confusão as teorias de pediatras passadas a livro.
Acho que toca na ferida aqui e ali, mas também lá encontro uns quantos(muitos) disparates.
Cada um deverá agir na sua casa de acordo com a sua forma de estar, não excluindo obviamente a escuta de formas diferentes de estar, mas sendo sua a última decisão.
Bjoquinhas
Bom-senso deverá, como sempre, ser a última palavra. :)
,,,,,,, (estas vírgulas são para distibuir ao longo dos meus próprios comentários, q me lembro sp delas no início das fases intercalares, mas esqueço-as, invariavelmente, no fim.)
Fogo, agora não estou com tempo para comentar isto como deve ser, tenho que ler a entrevista primeiro.
Vou mas volto
É controverso e por isso fala-se nele e nas teorias que defende.
Eu, como ando em plena época educativa (LOL), com dramas à mistura, concordo com a questão do Não.
Como disse a Tânia, li a entrevista dele na Visão e achei interessante. A do Público tem respostas claramente mais radicais. Mas também as perguntas foram mais ousadas...
Como se costuma dizer, o que vale é a prática. Gosto de ler as directrizes sobre a educação, que me orientam mas no dia-a-dia, quem está lá sou eu e tento fazer as melhores opções. Erradas ou certas, são as minhas...
Cristina
Hii já cheguei tão tarde.
Gostei do que li na Visão e apeteceu-me comprar o livro para o dar a uma certa pessoa.
Na altura fiquei com a sensação de ser um Brazelton a chamar mais os bois pelos nomes (talvez vá ainda mais longe, mas não aprofundei o assunto).
Não acho que se deva justificar tudo, já explicar é outra coisa. E há que saber explicar (fico iritada qdo vejo pais a falar com crianças de 2/3 anos como se tivessem 7/8).
O pais mandam.
Também conversam e podem mudar de ideias.
Agora pensar que o restaurante, o modelo de telemóvel ou o destino das férias seja ditado pelos miúdos? Socorro.
Completamente tirana, absolutista (iluminada, porque não?).
41 comentos?? credo! vou já ali ler o artigo e já cá venho comentar a posta!
bj
Pessoalmente não concordo com a maioria das coisas que este senhor defende.
Era incapaz de não justificar á minha filha uma atitude se ela a quizesse compreender, como acho um absurdo não pedir desculpa se acho que errei. Isto faz-me lembrar o tempo da outra senhora, e acho sinceramente que crianças educadas assim serão adultos reprimidos, capazes depois sabe-se lá de quê.
No entanto concordo que dizer que sim a tudo para poupar uma birra, não é solução, a frustração vai fazer parte da vida deles e é bom que a saiba aceitar.
Eu sou permissiva muitas vezes quando não devia ser, mas também digo não sem voltar atrás , sem ligar a choros se achar que é o melhor para ela.
Mas concordo inteiramente com a Luz, acima de tudo se eles forem criados com muito Amor, verdade, integridade e respeito pelos outros, então estamos a dar o nosso melhor.
bemm, eu se calhar devia era estar caladinha q eu nem filhos tenho, ainda q "ature" mts filhos dos outros :P
a pedagogia é um pouco cm as receitas dos livros, haverá alguém q consiga resistir a dar [ou tirar] um arzinho da sua graça à receita original?
somos todos fruto do q temos, por genética, e do q apre[e]ndemos dos nossos pais, por nós próprios and so on...já foi assim c os nossos pais, é assim connosco e será tb assim com os nossos filhos...
E mais facilmente seremos capazes de transmitir o q conhecemos, por herança familiar, e daqui serve tanto p o bom cm p o mau :S
eu acho que, acima de qqr estudo, os pais deverão smpre ter consciencia de si cm individuos ou pelo menos, ter capacidade de se auto e hetero avaliarem, continuamente. Só assim, dentro de suas proprias casas, conseguirão perceber o rumo q a educação do qual sao responsaveis, está a tomar. E isto n siginifica martirizarem-se ou pq fazem as coisas de forma diferente do q aparece nos livros ou pq por mais q se esforcem nnc conseguem ter o mm resultado. E isto n significa q tenham q estar todos preparadissimos antes dessa missão fantastica q é trazer e entregar um filho ao mundo...
N há formulas familiares perfeitas, pai com mae, mae com mae, pai com pai, etc...há sim [ou deverá haver] educadores esforçados...
Infelizmente também não tenho tempo de comentar como gostaria, nem tempo nem informação, que não li a(s) entrevista(s).
Concordei com quase tudo o que aqui foi dito, eu sou uma mãe que mima terrivelmente os filhos, também eu fui e sou mimada pelos meus pais e ouvi muitos "nãos", mas a maior parte deles foram "não, porque...". Também sou permissiva, ou descontraida, facilito, faço-lhes as vontades e compro-os muitas vezes, mau hábito, é a vida. Faço o que acho que funciona melhor na minha casa, na minha familia e sei, por uma experiencia bem recente que o que funciona na tua casa pode não funcionar na minha. Na educação há muito poucas regras, e quase nenhumas verdades absolutas.
Educar é dificil, é chato e às vezes triste. Já dei palmadas injustas, e pedi sempre desculpa. Mas pedir desculpa por não o levar ao parque num dia que está a chover, não peço.
Enfim, identifiquei-me muito no que li da Luz. Não sou (de todo) perfeita, nem sequer a melhor que posso, sou a que consigo.
E também acho que nos baby-blogs se encontram muito boas mães.
*E mais facilmente seremos capazes de transmitir o q conhecemos, por herança familiar, e daqui serve tanto p o bom cm p o mau :S
Por isso, mtas vezes, qd tentamos contrariar isso seja bem mais dificil...
Eu não acredito em fórmulas únicas que servem para todos. Somos todos diferentes e os miúdos também. E não me agrada nada falar-se em tirania e democracia quando se está a falar em educação.
Por princípio sou contra a permissividade parva e irresponsável, do dizer que sim porque é mais fácil, porque já não se sabe contrariar, para evitar a birra.
Mas cada vez me parece mais que cada criança, com a sua unicidade própria, leva a uma necessidade educativa diferente. E também temos que ter em conta as idades em que eles estão. Se já percebem as razões dos nãos e dos sins, etc. Saber dizer que não a um filho é complicado, educar não é pêra doce, mas tem de ser e eu digo os nãos que entendo que ele merece e que precisa de ouvir. Mas faz-me espécie essa do não porque eu é que mando que eu tantas vezes ouvi. Não pedir desculpa a um filho? Não explicar? Um pai não é dono da verdade e pedir desculpa a um filho também é uma forma de ensinar a admitir um erro.
E aqueles muitos casos em que filhos de pais tiranos ficam ainda mais rebeldes e por necessidade de se revoltarem só fazem disparates atrás de disparates na vida?
Para mim a base da educação é muito amor e segurança e claro, a velha máxima dos actos terem uma consequência.
Sinceramente também já ando sem grande paciência para estes senhores doutores e ah! eu sou das que acha que se devem atender os bebés quando eles choram. Essa da deslocação do ar pareceu-me fraquinha ;)
Mas atenção, não condeno quem não o faça ;)
Cada um sabe de si e dos seus.
Bjs.
A discussão aqui vai acesa! Confesso que ouve outra coisa que me irritou na entrevista do publico. Foi a sua postura de dono da razão e de quem não faz o que ele diz é mau pai. Eu adoro ler livros de educação e pedagogia. Leio montes (ja li mais...). Leio para tirar ideias, para me abir os horizontes, para me sentir normal, para me sentir anormal. Mas não leio para me dizerem o que fazer. O Brazelton tem, a meu ver, uma postura diferente. Menos ditatorial, mais pode resultar para uns e não para outros.
Se calhar sou uma mãe permissiva. Mas isso tem resultado bem connosco. De facto, não há respostas. E não é este sr. que me vem convencer que as há!
Bjs a todas as mães!
Já chego tarde e a más horas e agora já nem sobra o que dizer com o tudo o que já foi escrito, mas li a entrevista do Público e basicamente a minha opinião em relação às dele é basicamente a mesma que tenho em relação às outras teorias todas: têm razão em muita coisa, mas não em tudo.
E pronto, comentei e nem disse nada de novo nem acrescentei nada ao debate.
O melhor é irmos fazendo o melhor que sabemos e lidando com os erros que vamos conseguindo reconhecer. Daqui a uma dezena de anos cá estarão os filhos de dedos apontados às nossas falhas e as filhas a dizer que éramos as melhores mães do mundo, mas que quando tiverem filhos não fazer o mesmo que nós fizemos.
[e com isto fugi ao assunto acho, mas perdoem-me que já passa das dez e o cansaço já faz das suas :p]
beijos
Gaivota,
vi lá ler o q eu escrevi. :) E eu acho q o «problema» em ouvirmos ou discutirmos temas como estes está naquilo q assumimos q lemos, mais do q naquilo q lemos efectivamente. :)
Eu ñ disse, nem o meu pediatra, q não se deve atender ao choro dos miúdos. Eu disse, não se deve atender a correr. Um bebé recém-nascido reage a instintos: fome, sede, frio ou medo. Se tu vais a correr atendê-lo a pp deslocação do ar pode transmitir a ideia de q ele tem razão para sentir, p. ex., medo e estás a reforçar essa ideia. Se o fores atender calmamente, transmites a sensação de q o medo q ele eventualmente sentirá não faz sentido.
Oh Monikyta, eu ñ sou psi, isto faz sentido ou ñ?
Qto ao resto é curioso, mas eu acho q n fundo tds nós estamos mais ou menos de acordo (e no mm barco). Não concordamos com algumas ideias, quase fascistas, do senhor, nem com o tom, mas há algum fundo de verdade naquilo q ele diz. E é óbvio q o mal disto são as generalizações. Nem todas as crianças são tiranas, mas há um número crescente de miúdos q ajem como se fossem eles o centro do universo. E isso é perigoso.
E a Luz tem td a razão. Eu tb acho q a amostra da blogosfera não é demonstrativa. As mães blogosféricas são, na sua maioria, mães mto interessadas nas questões educacionais. E isso só por si faz delas mães de excepção.
Nem tudo depende dos pais... esta é a conclusão a que chego.
Acho que todos nós gostariamos de acreditar que se formos realmente BONS pais teriamos filhos SEM problemas. Queremos acreditar que as coisas más não podem acontecer às pessoas boas, pq isso nos dá a segurança de que se formos bons estamos protegidos. MENTIRA. Coisas más acontecem a pessoas boas diariamente. Bons pais criam por vezes filhos que se tornam maus adultos...
E, depois, admito: a minha mãe foi mtas vezes demasiado permissiva connosco qd eramos bem miúdos. Sabem, até somos boas pessoas. Os meus pais não têm razão de queixa e acho que até têm orgulho no que nos tornámos. Somos educados. Sabemos ajudar o próximo. Temos valores. Pagamos as nossas contas.
Os meus dois irmãos mais velhos são filhos do 1º casamento do meu pai e são felizes. As minhas melhores amigas são filhas de pais divorciados e sempre foram felizes, se clahar, mais do que eu, q tenho (tinha) esta tendência para depressões.
Admito que alguma falta de regra trouxe consequências (ou terá sido outra coisa?). Ainda hoje tenho dificuldade em cumprir horários e sou o cúmulo da desorganização. Mas cumpro e sempre cumpri com o que tinha que fazer. Nunca me demito das tarefas. E parece-me que isso é o mais importante.
Eu sou uma tirana qb com o meu filho. apesar das toneladas de amor, ralho sempre qd faz asneiras, castigo, não o encho de presentes (nem de perto nem de longe), passo o dia a dizer NÃO e consigo mantê-lo. Explico qd acho q tem maturidade para apreender o conceito (ou tento torná-lo mais compreensível). Cá em casa há regras, horários e limites! Acham que ele se porta melhor? NÃO. Será que ele vai ser um adolescente tranquilo e um adulto saudável? Não faço ideia... A partir de determinada altura os pais deixam de ser o centro do Universo dos filhos. Nâo me venham dizer q aprenderam tudo com os vossos pais, pq é mentira. Ele vai passar mais tempo sempre com outras pessoas, sejam elas quem forem, e essas tb vão influenciar e muito a sua personalidade.
É curioso, pq vejo crianças com mto menos limites e regras do que o meu e que se comportam muito melhor. Chega a ser frustrante até. ainda há pouco me deu uns pontapés num momento em que não o deixei fazer qq coisa que queria. Claro, ralhei, castiguei... acham q amanhã já não vai fazer o mesmo? DUVIDO.
Como mãe de um filho difícil (e quem me dera poder dizer que o meu filho era fácil e que aprendia da mesma maneira que os outros, mas não posso), posso dizer que tenho ali uma ou duas prateleiras só com livros de pediatras e psicólogos infantis, puericultura e afins. Aprendi às minhas custas que o que é válido para uma criança não é válido para outra e que a nós, pais, cabe-nos sermos conscientes o suficiente para sabermos isso e aplicarmos o que mais se coaduna com as necessidades/personalidade do nosso filho e da nossa realidade familiar.
Uma criança pode ficar traumatizada com um divórcio? Tanto como se assistir aos pais a discutirem, se pressentir que um dos dois tem outra pessoa ou se simplesmente se ignorarem. Somos falíveis. Humanos. Sempre fomos. Nunca houve pais perfeitos. O meu pai com 9 anos já trabalhava... para os padrões da época a minha avó era uma boa mãe. Agora, seria uma exploradora infantil, uma negligente. Acham que a minha avó alguma vez se sentou com o meu pai a fazer trabalhos de casa? Claro que não! Para ser franca, acho que as crianças tem obviamente de crescer num ambiente seguro, mas não num ambiente de fachada. O mundo não é perfeito, a vida não é perfeita, os pais não são perfeitos. Os filhos tb não serão.
(Em relação às compensações materiais, cá em casa, isso nem se coloca. Compro-lhe esporadicamente livros e uma ou outra coisa que considere importante numa dada fase do desenvolvimento. De resto, há um presente nos anos e outro no Natal. Reforço: um presente. apenas.)
Tirando as partes referidas (embora eu ache que no caso de haver "poucas crianças maltratadas na europa" era em comparação com outros continentes) e não concordando a cem por cento, achei a entrevista BRILHANTE.
Há valores que só se aprendem quando se vivem os opostos (como o sentido de justiça, por exemplo). Pedir desculpa para uma criança não significa o mesmo que para um adulto - quando um adulto pede desculpa a uma criança está a ser aos olhos da mesma fraco. Explicar é outra coisa - e o que ele diz é que a linha é ténue e entre pôr os pés pelas mãos é melhor ficar quieto. Mas mandar não é dizer não. Mandar é dizer não e sim! A autoridade não tem que frustrar 24h / dia lol.
Nós é que andamos para aqui a complicar; as crianças são bem simples: precisam de amor, afecto, barriguinha cheia, brincar e de regras; de sentirem que, sim, há alguém a controlar o barco, que dá ordens (e se há umas que se explicam; outras há que é assim e acabou-se - que pela vida fora terão muitas vezes de lidar com essa realidade) e só isso faz com que ela se sinta protegida. Então a parte do escolher o que fazer e comprar... escolhe entre se quer comer arroz ou massa para o jantar ou se prefere banana ou pêra lol Lá está: as crianças podem escolher; mas quem define as opções de escolha temos de ser nós.
Estou com a cool, ditadora me assumo.
PS: Tive um regime de educação "fascista", embora os meus pais fossem democratas da cabeça aos pés. Talvez por isso tenha aprendido a questionar, a marcar posição, mas também a saber aceitar. Uma coisa que me impressiona verdadeiramente em pessoas da nossa idade (30s/40s) é a incapacidade de aceitar e respeitar hierarquias. E a primeira aprendizagem de como a sociedade se organiza faz-se exactamente em casa.
E agora vou à deita: repolha-mor vai amanhã no seu primeiro passeio grande. E porquê? Ora porque eu mando e deixei, pois claro :P
ahhh! Então é por isso! Por acaso nunca me deu para ir a correr. E mais - e isto acho o máximo: se um bebé estiver a chorar e tu (mãe) falares com ele a rir, na maior parte das vezes ele pára (experimentado x 3 com resultados positivos)
Li a entrevista de fio a pavio, não on-line, que eu prefiro mesmo o papel! Na minha opinião, ele tem a sua razão...
Não se pode/deve dar tudo aos filhos!
Tb admito que sou tirana qb. E concordo quanto ao choro dos bebés, usei e usarei a mesma técnica de novo.
Acabei por não dizer propriamente o que achava da entrevista: tirando uma ou outra coisa, não me choca.
Concordo completamente com uma coisa: há uma hierarquia familiar. As crianças não estão ao mesmo nível dos adultos e, se estiverem, é mto mal sinal. É sinal que têm de crescer depressa e qd não estão preparadas. É sinal que os pais se demitem das suas funções. Os filhos devem estar sempre (a vida toda) na base do triângulo familiar e não no topo. Não somos nós os responsáveis pelos nossos pais (ou não deviamos ser). Isso acaba por colocar-nos a todos numa situação de fragilidade. Principalmente à criança.
Tu acreditas mm nessa frase final? LOL sorry...
Sim, a babybloga às vezes parece-me mm um mundo à parte. E lembro-me de ter lido algures o quão (?) interessante será conhecer daqui a 10/15/20 anos as crianças descritas nestes blogues... Interessante.
Repolha,
saravá q até fiquei com saudades das tuas postas educacionais. mta sintonia.
Menos na parte (pessoal, assumo)das desculpas. Qdo as peço não vejo leituras de fraqueza nos olhos delas. Mto pelo contrário, vejo um certo brilho de "a manhe (q é o modelo q têm, coitadinhas ;DD) tb erra, de uma certa maneira tb birra, e tb sabe reconhecer isso", Percebes?
Oh Loira eu tive uma manhe tirana q. b. (LOL) e saí igualzinha a ti nessa coisa dos horários e tudo e tudo.
É esse o grande peso da parentalidade actual: como se os nossos filhos fossem ser unicamente o produto dos pais q somos. Nem com redoma qto mais sem ela pá!
Zuza,
LOL, tu é q és a mulher da estatística. You tell me! :)
Zuza: prezo em saber que não foi por isso que sou assim... o que reforça a minha teoria: nós não somos só o produto dos nossos pais! Os pais são é usados tb mtas vezes injustamente como desculpa para a nossa falta de vontade em mudar. Qtas pessoas não admitem que a única razão de não serem é pq elas próprias não fazem por isso? Mas isto levar-nos-ia para outras discussões.
Veremos como será o futuro dos nossos filhos...
É uma verdade incontestável, não somos produto só dos nossos pais, mas de todo o contexto, mal seria... O problema, a meu ver, é quando os pais se demitem completamente do seu papel e passa a assumir que o filhos são produto de tudo, menos dos hábitos dados em casa...
Tânia: concordo, claro. Nao é suposto esperarmos que cresçam e se eduquem sozinhos!
Eu digo isto por conheço pessoas que acham que se podem mesmo demitir desse papel (não assumem isto assim, de forma peremptória, claro). Acabam por transferir para a escola, por exemplo, muita da responsabilidade. E isso é muito grave (parece-me...)
Tânia: Sem dúvida. Tb conheço. Eu estava obviamente a referir-me aos que não o fazem. É inacreditável como ainda hoje em dia há crianças q são criadas por toda a gente menos os pais: amas, escolas, avós... etc.
Ainda voltei, a conversa está interessante.
Sabem que aqui os pais demitem-se com-ple-ta-men-te da educação das crianças? Claro que não lhes gritam, como eu, que faço com cada figura... a sensação que tenho é que os ignoram. É ver nos supermercados os miudos a meterem coisas nos carrinhos, é fazerem uma birra e os pais falarem baixinho com eles. A escola também é um bocado culpada, eu não gosto disso cá, entregas os miudos e não sabes quase nada do que lá se passa.
Os factores culturais influenciam tb muito na educação dos miudos. Aqui as leis são mesmo muito rigorosas em relação por exemplo a bateres numa criança, é proibido e pronto, seja uma palmadinha ou uma carga delas. Mas depois não vês nenhum pai despedir-se com beijinhos dos miudos, um seco "be a good boy" e siga que já estou atrasado.
Mais uma razão para que muitas vezes teorias "internacionais" sejam deitadas a baixo, pela carga cultural que encerram.
Eu percebi o que tu disseste da primeira vez que li :)
Apenas acho que isso de não se ir a correr tem muitas interpretações. Eu também nunca fui a correr (sinceramente, quem é que vai? chega a uma altura que o sono deles é tão banal que ninguém vai, lol), mas isso de não ir a correr pode ser visto como deixá-lo chorar que lhe faz bem, e se calhar até faz, mas não quando são mesmo pequeninos.
Sobre o resto, eu se calhar até sou uma mãe muito pouco permissiva e muito mais ditatorial do que muita gente, mas não gosto de ouvir os discursos inflamados destes médicos, cheios de razão e de generalização, precisamente porque há crianças tão fáceis e outras tão difíceis que é fácil alguém acreditar que este ou aquele modelo de educação é que é o correcto.
Para mim o essencial é mesmo um acto ter uma consequência, o exemplo que se dá e o sentido de justiça. Se não tiver não se está a educar, isto sim é muito mais fundamental que a questão de se pedir ou não desculpas a um filho ou de se dizer que é assim porque eu mando.
E tudo depende de quem educa: há pais que não amam os filhos e isto sim é uma realidade horrível, mas que acontece e nesses casos que diferença faz se são permissivos ou ditatoriais?
Eu fui criada por uma bem ditatorial que falhou no essencial. O problema vai muito para além dos modelos de educação.
O problema é outro. Quando se ama realmente um filho diz-se que não quando é preciso.
Tânia,
prazer, sou a Zuza :DD, esse é o outro reverso. O 8 do outro 80.
Eu qdo ouço a educadora a dizer q as mães lhe pedem para obrigar os filhos a comer sopa e fruta pq em casa não conseguem/não querem/não lhes apetece estranho, ai pois estranho...
Loira,
e dps temos escolas q ñ querem tb (e legitimamente) assumir esse papel.
Voltando ao assunto infantário/comida/lanches de substituição. Qdo levantei o assunto numa reunião, dizia uma mãe: a minha filha traz lanche (bolicaos e mais não sei quê) pq eu faço o lanche para a irmã q vai para a escola e ela pede-me e eu vou dizer q ñ a uma criança de 3 anos? (na altura).
E eu não respondei, mas apeteceu-me: não só não devia levar, como devia dizer não, claro. Se não o diz aos 3 anos vai dizer em q idade? :D
E a escola (educadora ?) assumiu a mm postura: no lanche dos miúdos não mandamos pq cada pai dá o q quer. Dá, com certeza, mas fora do ambiente escolar. Lá dentro não deviam impor regras?
Eu acho q sim, mas percebi naquela reunião q sou uma minoria (pior, fui a única voz a erguer-se contra isso.)
ou
não se diz nada ao pai/mãe q leva a criança com a fralda da noite e o pijama vestido para não melindrar o progenitor. E o melindre da criança?
E se 20 pais fizerem o mm?
:) Já te tinha visto, és mundialmente famosa lol
Pois, isso é que me assusta... É que são mais as pessoas a fazer isso do que julgamos. E essa demissão paga-se cara para caramba. Cada coisa tem um papel na nossa construção como pessoas, e da mesma maneira q nada substitui a escola, tb nada substitui os pais... Aqui há dias ouvi um padre dizer uma coisa que achei que definia bem uma fatia generosa da nossa geração: é uma geração com muitos adolescentes tardios. E é mesmo. Acho que isso diz tudo.
Flores: Qto a isso tudo, só tenho a dizer MEDO!
A verdade, lá está, é que isso é impensável na escola do meu filho. Eu levei ralhetes da educadora pq o meu filho estava arranhado da cadela :) e uma vez pq levou o casaco com pêlos (abraçou-a ao sair de casa).
M-e-d-o para essa mãe. Claro que vai dizer não. Se o meu filho de 3 anos se quiser atirar da janela eu digo-lhe sim, atira-te?
Há esta mania tb mto tuga de não meter a colher, mesmo qd o comportamento é realmente errado. Isso sim, para mim, é a permissividade total. Obviamente, qd falei na minha mãe ser permissiva não era obviamente nestas temáticas, mto menos na questão da segurança. Neste caso era até excessivamente sufocante.
E, sim, em grande parte das escolas q vi para o meu filho era proíbido levar doces para a escola. Mas tb te digo: q exemplo se dá nas nossas públicas? Tanto qto sei continua a dar-se leite com chocolate! O leite que eu nunca aceitava na escola pq não gostava!
Ups... sou?
Esse padre saiu bem mais certeiro que o chefe LOL
E esses adolescentes dizerem q a culpa de serem assim é dos paizinhos???? Admira-te.
Mas q a permissividade começou na nossa geração não me parece assim tão lado...
Há escolas onde nem sequer se fala pq pode significar perder o dinheiro da mensalidade. Sim, há pais que reclamam de tudo. Qd o meu sobrinho tinha 4 anos, estava a ver a ficha de avaliação dele da escola e vinha lá que ele ainda não sabia as cores. Diz logo a minha ex-cunhada: aquela escola não presta, não lhe ensinam nada, vou tirá-lo de lá! Say what? Ó minha amiga, e vcs, pais, não têm tb de lhe ensinar qq coisinha?
O problema é que as pessoas não percebem q se têm de envolver na educação dos filhos. Que a escola deve ser uma extensão de casa e não o inverso. Outra coisa é com as fraldas. A escola que faça o desfralde... e isto aplica-se a mtas outras coisas.
O estado disto é tão deplorável que ainda no outro dia ouvi alguém dizer: coitadinha daquela miúda... está em casa com 2 velhos (avós), tem o pai preso e ainda nem tem o Magalhães para se entreter. MUITO MEDO.
acho que esta discussão já foi parar a outros sítios. A questão é que eu não acho que a educação antigamente fosse melhor, nem sequer acho que os pais fossem mais informados. Tenho aqui em casa um gajo criada à moda antiga. Com pais ditadores e meninos que tinham ama e só apareciam aos pais para fazer gracinhas. bebés que ficavam a chorar para não terem maus hábitos. Quem manda é os pais e não há cá justificações, nem pedidos de desculpa. O meu cunhado tem uma vida miserável (sim, miserável é mesma a palavra) e o meu marido não é melhor pessoa que eu. Pelo contrário, é bem mais egoista e demite-se mto mais nas questões da educação.
Loira,
leite com "meia-dose" de chocolate.
quem o bebe? a minha filha mais velha e mais 2 ou 3. que fazem as outras manhes? mandam leite com extra chocolate! que faço eu à mais nova: mando leite simples TODOS os dias pq ela nem sequer gosta daquele. sou uma excêntrica. nisso e nos anos da miúda ter mandado uns sabonetes catitas em vez de gomas. e o mais engraçado é q bem conversadas as crianças são tão mais flexíveis do q se pensa. A miúda q não gosta de ser diferente estranhou mas acabou a concordar q era mais giro darmos uma coisa diferente... imagino as outras manhes a pensar q eu acho q os miúdos delas não tomam banho q chegue LOL
Zuza, agora é que disseste tudo. Uma pessoa entra na maternidade com muita conversa de terceiros a falar as "imposições" que os miúdos fazem etc e tal. Confesso que até agora tenho concluído isso que dizes, que eles aceitam bem melhor as coisas do que normalmente se pensa... O que me parece é que por vezes se parte do princípio que eles preferem bolos a fruta ou leite com chocolate a leite simples, sem se tentar sequer...
ó zuza, que xaudadesss
O não pedir desculpa está relacionado com o não saber pedi-las. repreender um filho e depois pedir-lhe desculpa a chorar não me parece boa ideia mesmo que a repreensão tenha sido injusta. Ou dar-lhe uma palmada e depois pedir-lhe que não conte a ninguém. Está a dar-se uma margem de manipulação brutal.
E olha que num lembro de os meus pais terem andado a pedir-me desculpa (pronto, admitiam de outras formas) e eu não tenho nenhum problema em pedi-las e em assumir erros - 1º que a memória dos miúdos em certas coisas é de passarinho; depois eles também nos "avaliam" (lolll) pelos nossos actos com os outros e não só com eles. E mais do que julgamos.
Especificamente sobre este assunto, a melhor coisa que li foi mesmo nos comentários do publico em que um pai qq dizia o mal disto é que já andamos para aqui cheios de certezas e não pensamos de vez em quando que talvez haja formas diferentes e até melhores que a que estamos a aplicar. Ler isto (ou a teoria oposta) e pensar friamente é uma boa opção - sem julgar antes de pensar.
E tb não nos esqueçamos - ele está a falar sobre uma realidade diferente da nossa (embora caminhemos a passos bem largos) em que as crianças estão sim a mandar. Há mais situações do que imaginamos de pais agredidos por fedelhos de 4/5 anos e incapazes de lidarem com isso de tanto Spock e Brazelton que leram (eu juro que não acho normal; espero não vir a morder a língua que sempre ouvi que quem tem putos é melhor estar calado hehehe).
Bom, essa história da escola achar bem bolicaos é arrepiante... Na escola da minha, uns pais mandavam entregar pizza à hora de almoço para o filho hehehe (para não chorar, só rindo mesmo). Foi quando passou a ser proibido levar uma série de coisas.
bjs
Zuza e Tânia: Exacto! Qd me dizem... oh coitadinho do menino... a comer morangos SEM açúcar! a beber água às refeições... pergunto: se lhes podemos dar o saudável pq lhes vamos dar o não saudável, por regra e rotina? As pessoas mtas vezes nem esperam que as crianças peçam... dão logo. Para quê? Por quê? Sinceramente, por vezes, pareço um alien...
Mesmo a propósito, recebi há pouco isto
http://www.peticao.com.pt/responsabilizacao
Iogurte simples não açucarado e sem qq coisa lá dentro... E gostava! Até se lambia, embora as pessoas que lá trabalhavam perguntassem sempre pelo pacotinho de açúcar lol
E, protno, lá chegamos todas ou quase à mm discussão e ao Aldo. :D
O peso q damos às palavras. A permissividade q eu li no texto dele é esta: a dos meninos a quem não se diz não pq coitadinhos, podemos traumatizá-los.
(E, oh Joana, não me parece nada q seja esse o teu caso.)
ou
a dos tiranos q são reis da casa e escolhem não entre o leque de opções q lhe são apresentadas, mas fazendo eles a escolha.
ó loira não queres almoçar? (flores, aproveitamento descarado da tua plataforma comunicativa)
Loira, essa da água às refeições é das que mais ouço. Lá em casa bebemos sempre água, ela já provou sumo em festas (e não gosta) mas, mesmo que gostasse, iria beber pontualmente. O que isso é visto como estranho... E comer sempre sopa. E e e ...
Oh repolha, nem o twitter funcionria tão bem. LOL
E eu não posso ir almoçar tb? :D
Podes sim senhora (mete-se mais água na sopa, dizia-se antigamente).
Twitter é coisa de ciberanalfabetos a acharem que percebem imenso disto tudo porque conseguem enviar sms. jasus. Mas isso já seria noutra discussão.
Repolha: Quero, sim. Já estou melhor. Tenho coisas para os teus putos. Só tenho de me despachar! Queres que vá aí ter?
beijo
Almoçamos cá - que o tempo é de crise... quando quiseres. vou tratar das roupas dos 6 meses para o pequerrucho
Olhem qu'ainda vou tomar café, já no fds não deu...
(e falamos sobre o twitter qdo quiseres, repolha)
Bem tenho que concluir que sou mesmo uma mãe ditatorial ;) (são estes rótulos que me enervam).
Em relação a muitas outras coisas e muito concretamente em relação à alimentação tenho regras muito rígidas. O meu filho não come nada com açúcar. Em todas as escolas que fui visitar ficavam a olhar para mim como se eu fosse uma extraterrestre e toda a gente me perguntava porquê. E eu respondia: porque nós não queremos! Na escola onde ele está aceitaram e ainda me vêm perguntar o que devem fazer nos dias em que há bolo de anos, ou iogurte açucarado. E respeitam. Tenho de concluir que sou mesmo uma sortuda em relação a esta escola.
Queria apenas acrescentar uma coisa: O que me irritou mais na conversa deste médico é esta ideia de que se tem sempre razão e esta crença dogmática em modelos rígidos de educação. Eu gosto muito de ouvir exemplos alheios para ir comparando e aprendendo e melhorando alguma coisa. Mas há crianças que são autênticos desafios e que não cabem em teorias nenhumas.
Há pais que se desresponsabilizam sim (eu também já estive do outro lado e via os lanches que muitos miúdos levavam para comer e outras coisas mais), mas isso também não será culpa desta sociedade que não nos dá tempo nenhum para ser mãe e pai? Quando no trabalho dizemos que não podemos ir a algum evento porque queremos ficar com os nossos filhos olham-nos como se fossemos malucos. O que está a dar é o multi tasking, fazer tudo ao mesmo tempo e claro que assim alguma coisa falha.
Não era no feijão??? LOL regionalismo? hehehe
Gaivota,
essa de culpar a sociedade tb me parece demasiado fácil. :)
A mim dá-me mais trabalho ir ao supermercado comprar bolicaos do q fazer uma sandes com queijo/fiambre/manteiga (q a máquina só chegou ontem e pão em casa houve sempre.) :)
Em relação aos lanches, não vejo qual a diferença entre ir comprar um bolicao e uma coca-cola ou um leite com chocalate e ir comprar um pão com qualquer coisa, um leite simples e enfiar uma banana no saco, por exemplo.
Tânia: Idem. O meu filho bebe sumos (sem gás q com gás não gosta) mto esporadicamente em festas, dias especiais ou ao fim de semana. Isso tb torna as coisas mais especiais. Por exemplo, ontem fiz arroz doce e disse-lhe. Qd chegámos a casa pediu: quéo agoz doce, mamã. E a carinha de prazer qd eu lhe dei foi inigualável (note-se que já tinha comido um lanche saudável). Se comesse diariamente, teria o mesmo prazer? Já nem questionando as consequências em termos de saúde e comportamentos alimentares. Eu não sou fundamentalista. Não sou mesmo. Mas acho que estaremos mto mal qd tivermos medo dos nossos filhos. Ainda ontem contava eu que o meu aprendeu a pedinchar no supermercado. alguém me disse que eu estava tramada! Eu? Não, ele é que está. Ele pedincha, eu digo não. Ele faz birra, azar o dele. Vou ter dores de cabeça, claro que sim. Tomo um ou dois benurons. Qto à opinião dos outros, lamento, não vou fazer tudo o q o meu filho quer para ele não fazer birras e as pessoas não me olharem na rua.
Flores: Bute lá ter connosco.
E agora não comento mais ou ~chego a casa da Repolha para jantar e não para almoçar :D.
beijo
Não é culpar a sociedade simplesmente, mas a organização das coisas, as horas de trabalho, o incentivo ao consumo, a padronização leva a que as pessoas caiam muitas vezes em opções aparentemente mais fáceis e nunca se questionam.
Achar que nós é que sabemos porque nos damos ao trabalho é um pensamento perigoso, achar que a forma como fazemos as coisas é que é a correcta porque somos mais iluminados (estou a falar do senhor doutor da entrevista) pode muito bem resultar de uma incapacidade empática de nos colocarmos no lugar do outro. E sim, nós somos produto de uma sociedade, afinal é o próprio doutor que diz que antes com modelos políticos diferentes, a educação também era diferente.
Apontar o dedo aos pais assim sem mais é que me parece demasiado fácil, porque há razões que explicam afinal porque é que as coisas são como são.
Vou meter o dedo na ferida em termos dos lanches e afins, Flores, eu já tive o mesmo pensamento que tu, isto é, a escola não devia permitir esses lanches, mas olhando para trás e para o meu presente, sinto-me um bocadinho incomodada com essa forma de pensar, passo a explicar:
1. Quem é que tem legitimidade para saber/achar o que é ou não saudável? Para mim um pão com nutella pode ser razoável e para ti exagerado. Enfim, percebes o que quero dizer? (essa cena das pizzas para o almoço parece-me de outro mundo, mas quem sou eu?) Privar os meus filhos de todo e qualquer açucar parece-me exagerado, mas já li aqui que há pessoas que o fazem.
2. Agora cá, e se acompanhas o meu blog sabes, tenho tido alguma dificuldade na lancheira do almoço do Miguel, mas o problema é meu, e cheguei à conclusão que eu é que tenho de educar o meu filho e não esperar que todo um pais faça o que eu acho bem, e isto é válido para crianças dos 3 aos 11 anos nesta escola, ninguém vê o que eu lhe mando (nem se ele come ou manda para o lixo, mas isso é outra história). Há as indicações do Serviço Nacional de Saude para um "packet lunch" saudavel, mas cada um manda o que quer. E olha, já não vejo a coisa com os mesmos olhos, quando eu mandava um pão com manteiga e ao lado comiam um bolicau. Tem de partir de casa "Cada um come o que come, no que tu comes mando eu".
(mas não me livro de o ouvir dizer que o lanche do Che é que é, e que o da Cloe é uma porcaria, que só come salada e pimento)
3 e para acabar - os dias especiais, cá em casa também há, chamamos-lhes os "dias de apetecer", em que se fazem estravagâncias (saudáveis ou nem por isso)
Não gosto de participar em polémicas, nem de andar a mandar pedras, logo eu que tenho um telhado todo em vidro. Foi mesmo para partilhar (mais) uma opinião.
MdM,
estamos a falar de 2 realidades distintas. Tu mandas lanche/almoço para o teu filho. No infantário do meu dão lanche (e almoço). O lanche é composto de leite branco ou iogurte e pão com manteiga/queijo/fiambre ou doce. Há quem envie um lanche totalmente diferente para substituir este q a instituição dá.
Agora,
outra coisa. Não sou em quem diz q está errado comer bolicaos por sistema ou pão com nutella todos os dias (e os meus filhos tb comem estas e outras coisas. Por acaso Nutella nunca desbundámos, mas já voltei aos sabores da minha infância com tulicreme. Não o comem é tds os dias.) São os médicos, são as estatísticas da obesidade, são as estatísticas dos dentistas e das crianças com problemas de cárie. E, se isso fosse normal e saudável, não terias (no teu caso) um programa nacional de «reeducação alimentar». ;)
E,
eu tb achei (e continuo a achar mtas vezes) q ñ devo meter-me em polémicas. Isto ñ são polémicas, acho eu, são discussões livres onde podemos ensinar e aprender. :)
É dessa forma q as encaro. E esta discussão vai mto para além da questão do dito médico.
Tb achas normal (ou q cada um faça como entender?) q um pai/mãe mande um filho para a escola com a fralda da noite e de pijama vestido e o entregue a uma educadora grávida de 7 ou 8 meses? E q 20 pais achem q isso pode ser feito e é normal? ;) Eu não acho. Se isso faz de mim uma intransigente, seja. :)
Diabetes, esqueci-me desta. Há um aumento brutal da diabetes do tipo 1 em crianças/jovens.
Chamam à obesidade a nova Sida ou a Sida do séc. XXI. E achas q só pq nós é q sabemos o q os nossos filhos devem comer (e é óbvio q cada um sabe de si e da sua casa) devemos ignorar estas realidades?
A mais nova chegou ontem feliz à escola a dizer que levava uvas (lanche para meio da manhã). Resposta da auxiliar: ai, eles não costumam gostar! (se calhar nem lhes dão, não vá a criancinha engasgar-se com as pevides).
A mais velha levou tb uvas e a caixa chegou apenas com as pevides!
Sou das poucas mães que de vez em quando lá manda fruta para o lanche. Não me sinto ave rara por isso.
Bolachas com chocolate só leva à sexta-feira! e leite achocolatado 1vez por semana tb!
Nunca leva sumo, mas nós também só bebemos água às refeições.
Quanto ao assunto TV, flores, que pode perfeitamente entrar nesta coisa da permissividade, a educadora da mais velha já lhes disse que só deviam ver 30 minutos em casa/dia!!! Existe Tv no colégio, mas acho que poucas vezes é ligada.
Ainda voltando à questão da escola,
Se uma escola permite lanches livres sujeita-se a esses "abusos" da parte dos pais, porque é difícil e subjectivo definir o que é saudável ou não. Em Portugal no colégio do Miguel, quando optei pelo lanche de casa, a directora pediu-me para não levar guloseimas, não como uma regra imposta, pois como a Loira disse têm medo a maior parte das vezes de perder o miudo, mas como um pedido. E eu ficava lixada da história dos bolicaos e das gomas. Mas o lanche era livre, e os ovos kinder não eram a excepção, mas a regra. Infelizmente nem todos os pais tem bom-senso, verdade.
Acho que o que funcionaria nas escolas era apenas a comida da escola, e só miudos com restrições alimentares é que poderiam levar diferente. De outra forma diria que é impossivel controlar, em tudo há abusadores (repara no exemplo da fralda da noite, e isso tb aconteceu na escola do Miguel e uma chamada de atenção em privado parece-me muito acertado). E claro que contra esta medida se levantariam muitas vozes, é a vida.
(Sim, sei do nível doentio de obesidade, aqui basta olhar à volta, dos diabetes não sabia, mas acredito, por isso é que os governos estão a tomar todas estas medidas, mas continuo a acreditar que tem de começar em casa - e sei o quanto é dificil e sei que provavelmente o Miguel lá petisca dos colegas, o que é proibido, mas não é o mais apetecido?)
Socorro alguém me cale. Mas ando a modos q sufocada com o assunto e como não escrevo post boto comento. Sorry.
Falamos mto de lanches. E Os almoços. MdM, q com queijos e vinhos só podes ter bom gosto, países à parte, na escola da minha filha não dão lanche, mas dão o almoço. Se alguém acha q a comida é má, ok sou a 1ª a fazer cartazes de protesto (no sentido figurado, ok??), agora mandar danoninhos e Ice tea como substituição DIÁRIA? Acho mal, q fazer?! Uma criança com 6 anos que não come NUNCA uma peça de fruta ou de sopa? Que não bebe leite nem água???
Tudo bem não é minha filha... mas até a minha filha já acha a situação anormal.
Bela discussão. Sem ler os comentário porque já são muitos e mesmo sem saber porque degenerou a conversa na alimentação, meto-me ao barulho! A escola não tem de educar os meninos mas tem, acho, de ser modelo mais que não seja porque eles estão lá as horas que estão. Todos os miúdos sabem que têm de ter obedecer a regras e sinseramente não acredito que haja meninos que as estranhem quando elas vêm do berço. Acho que aqui alguém já disse que o trabalho principal é feito nos 3 primeiros anos. Se desde sempre ensinamos a cirinaça que não se comem doces de manhã ela aceita tranquilamente. E mesmo que peça e faça birras ela percebe embora tente! Eu tenho essa experiência com o meu filho. Há dias em que ele vê outros meninos a comer bolicaus ao pequeno almoço e chama-me a atenção. Não tenho pena dele e digo á frente de quem alí estiver que aquilo não se come ao pequeno almoço. Na nossa casa o meu filho quando tem sede pede água. Água é a bebida que ele bebe sempre. Sumos, sim! Nos dias "anormais". Custa-lhe? Nada! Nem pergunta nem lamenta. 2x na semana leva lanche de casa. Se tem leite com chocolate tem pão com manteiga. Se tem leite simples tem pão com doce ou com queijo ou com tulicreme, etc! Ele sabe que é assim e percebe porquê (isto é uma das coisas que se pode e deve explicar).
Diabete, excesso de peso e cáries. temos na familia uma criança com 4 anos com 4 dentres estragados. Um horror e porquê? Má alimentação!!
Flores, extravasando para a questão da obesidade/má alimentação: a questão é o 8 ou 80; as crianças precisam de tudo (como diz o meu nutricionista - que bem preciso de um :) - até de bolos e chocolates e quando esta era uma texuga – agora está mais miss – fez-me prometer que não lhe iria cortar com nada). Todos os alimentos fazem parte da roda alimentar, a questão está na quantidade ingerida.
Durante muito tempo tinha o esquema dos “dias especiais” – muito tempo não, que os doces só entraram aos 2 anos e até essa idade o açúcar era reduzidíssimo o que lhe permitiu aprender a saborear comida sem aditivos (e, sim, os outros 2 vão pelo mesmo caminho). E o que acontecia é que ela estava a revelar-se demasiado gulosa e sempre desejosa pelas excepções. Quando numa festa, que tinha ordem para comer guloseimas, mal saiu de perto delas e pouco brincou, fiquei a pensar no caso. Algo estava errado. Eu e o pai falámos, trocámos experiências com outros pais e mudámos de modelo. Hoje, tenho um pote à mão dela cheio de chocolates, doces, chupas, rebuçados, etc. etc. No frigorífico há resmas de chocolates aos quais consegue chegar. Como se controla: desvalorizando a coisa e mantendo os hábitos alimentares normais. Acreditas que em 2 meses não tocou nem pediu nada desse pote?
Mas, bebe leite com chocolate todos os dias de manhã (que os miúdos – pelo menos esta que não pára – gastam energia a granel), embora nunca o tenha bebido pelo biberão, e antes de sair de casa lava (bem) os dentes; bebe litros de água, mas se há sumo por alguma razão, seja ou não dia de festa, bebe; e, se vamos comer fora, sou a primeira a perguntar-lhe se quer bife, batatas fritas e coca-cola. E ela diz que sim, mas pergunta se pode comer sopa lolll
Ou seja, há aqui uma falsa questão: os doces não levam a que uma criança seja obesa, que sofra de diabetes ou que tenha cáries. O excesso de doces, a negligência nos restantes hábitos alimentares assim como na higiene oral e a ausência de exercício sim.
Quanto à escola: 200% de acordo contigo. Em casa, cada um faça como quiser. A escola, onde nem sequer podem ter escovas para lavar os dentes, deve adoptar o esquema mais saudável para todos, tendo em conta as idades. Não porque os tem de educar; mas porque não os pode deseducar ou prejudicar.
E já escrevi mais aqui hoje do que no meu blogo no último ano :D
beijoooo
Carla,
é td uma conjugação de factores, claro. E aqui, para mim, entra o factor cada caso é um caso.
O meu puto mais velho é muuuuuuuito guloso (Pudera!, como diz um velhote amigo do meu avô, o q é doce nunca amargou.) e, se calhar, coitado, acabou por comer por tabela, mas a restrição q lhe impusemos tb tinha mto a ver com o facto de serem os avós a ir buscá-lo(s) tds os dias, alternadamente. Quer isto dizer q tínhamos forrobodó tds os dias pq os avós achavam sp q o dia deles era especial e dava direito a guloseimas. :D
Travámos a coisa e aproveitámos a onda e travámos tb no infantário q tinha os putos sofregos à pancada a disputar guloseimas.
De resto, em casa a regra é o FDS, mas toda a regra tem a sua excepção, claro. E é essa excepção q tem q ser definida por cada um de nós, I believe.
flor e todas:
a alimentação é outro pau de dois bicos nas escolas e em todo o lado....pq há sempre pessoas a reclamar, ou pq o azeite tinha de vir numa embalagem inviolavel e agora já n é necessario, ou pq tem de se por menos sal no pao...
eu, q mais uma vez digo q, n tnh filhos, acho q na escola devia ser: n há ca doces e sumos p nng, nem lanches trazidos de casa...é td corrido a tabelas nutricionais e mai nada...
já em casa, é o voltar à vaca fria q ficou do almoço, por mais q se saiba o q deve conter a receita, qm quiser acrescentar ou retirar pitada...
e pronto, fez-se a centena ;)
Repolha,
agora deixate-me apensar, pq o bileu é exactamente como a tua. Se tem dia de festa começa a comer doces e é até vir embora... um horror!!
Mas tb acho q se lhe puser um boião de doces na cozinha, não dura 2 dias... mas juro q vou experimentar!!
É por estas e por outras que fico mesmo satisfeita com a escola que escolhi para o meu filho. Uma escola onde seria impensável uma criança chegar de pijama e com a fralda da noite e achar-se isso normal. Uma escola onde não entra comida de fora (e qd há restrições alimentares tb é a escola que faz na mesma a ementa e que compra os produtos adequados à criança). E uma escola que acima de tudo chama a atenção para as questões importantes, mesmo q tenha de ir contra os pais. Pq, sim, é arriscado deixar tudo ao bom senso dos pais.
E, pronto, fico com ideia de que este debate acaba de forma saudável e sem fundamentalismo. A verdade é que demasiadas restrições podem ser, sim, contrapruducentes. Mais tarde, eles começam a fazer e muito pela calada. Como em tudo na vida, as questões alimentares tb têm de ser ponderadas em função da idade da criança. Permito agora coisas ao meu que há um ano (e até há uns meses) não permitia, obviamente.
Beijo a todas
ó ana, resulta. mas a regra continua a ser pedir antes de mexer - embora esteja acessível. E nos primeiros dias dissemos quase sim a tudo (lá está: o sim de autoridade lol), excepto se era hora de jantar, se tinha deixado comida no prato porque estava cheia, blá,blá. Acho que em 3 / 4 dias enjoou. E com esta tenho uma vantagem: ela gosta de comida-comida :D
ui os avós flores... e os que dão às escondidas é que dão cabo de mim.
Tchiiiiii mãeeeee pá qui vai!!!
eu n conseguir ler tudo, pá 102 coments? não, eu ficava vesga, mais ainda LOL
jocas
Ana: Os meus pais sempre me deixaram comer guloseimas à descrição. Queres saber uma coisa? Nunca fui mto gulosa! Os meus amigos, qd chegávamos à escola, compravam bolos, bolicaos, chocolates, batatas fritas e coca-cola (ao pequeno almoço, ao almoço e ao lanche). Eu era sumos e sandes e até salada de frutas. Muito esporadicamente um bolo. Lá está, podia comer o que quisesse à frente dos meus pais e os meus amigos não. Portanto, assim que se viam com dinheirinho era gastar tudo em porcarias e fazer com que sobrasse para as gomas no quiosque frente à escola. ;)
Estás a ver loira? É mesmo nisso q eu estava a pensar qdo fiz o outro comentário! QDo ele tiver autonomia e se vir sozinho, TUNGAS!!
Mas ele é um horror de guloso. Memso assim vou tentar a técnica da Repolha!!
Ana: Pois é. Algumas restrições fazem sentido em determinadas idades e menos noutras. É o que eu acho e é o que tenho aplicado cá em casa.
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