sexta-feira, 12 de maio de 2006

Possessividades

Sou ciumenta, possessiva, mas retraída.

E o retraída é propositado. Que não gosto de o ser. (Ciumenta, nem possessiva. Mas isso, comes with the package.)

Sou-o nas coisas mais disparatadas. (Há um limite para o disparate da possessividade?)

Com os amigos, com os amores e com os afectos.

E, a princípio, quando ele nasceu, foi-me difícil controlar estes sentimentos. Só o repartia, só o queria repartir com o pai dele. Mas controlei-me. Porque como alguém me disse. Os filhos não são só nossos. É curioso porque nunca tinha pensado nas coisas dessa forma. E é verdade. O meu filho não é só meu filho. É do pai dele, naturalmente. É dos avós. É dos tios. É das senhoras que tomam conta dele durante o dia.

É do mundo.

E a mim, possessiva convicta, mas retraída, custa-me esta mundaneidade.

Confesso.

(Mas retraio-me)

31 comentários:

Anônimo disse...

:)
uma amiga minha costuma dizer, os filhos não são nossos, são do mundo!

Anônimo disse...

Também a mim (e quando era pequenino, então...)! Custa-me especialmente que goste de pessoas com quem não me dou muito bem. Mas tento lembrar-me que haver gente que goste dele, mesmo que não goste de mim, é muito importante. E tento ficar quietinha. Mas que não é fácil, não é. :)

Anônimo disse...

Estou mesmo contigo, apesar de saber isso, passo avida a dizer que a minha filha é minha, não ando cá a ter filhas para ser do mundo :-))))

Anônimo disse...

:)

Compreendo.
Acho que custa mais quando eles nascem e depois vai-se tornando mais fácil.

É, não é?

Anônimo disse...

Xana,

diz-me tu. Q tens uma mais velha do q o meu. :D

Mas, sim, vai melhorando com o crescimento.

Anônimo disse...

Custa mais nos primeiros tempos. Custa mais quando se tem só um (uma).
Às vezes olho surpreendida para a F tão crescida, tão independente, tão senhora de si. Ainda só tem 7 anos.

Anônimo disse...

Olá,

Eu cá não diria que esse sentimento melhora com o passar dos anos; digo sim que se modifica.

:))

bjs
Sandra

Anônimo disse...

Retraída?!?!?! Assim não te queremos, não sinhora!!! Pensa assim: ele sabe que é meu e só meu por isso não faz mal algum partilhá-lo com o mundo. No fim do dia continuará a ser só e só meu - parece-te uma boa ideia? ;)

Anônimo disse...

E eu estranhamente, nunca tive ciumes de ninguém, nem que as amigs ficassem amigas umas das outras, nem dos filhos (a quem até agradeço que partilhem a tarefa de estar com eles).
Há só uma pessoa de quem tenho uns ciumes loucos, loucos: da minha irmã. Totalmente irracional e incontrolável.

Anônimo disse...

Eu tenho uma opinião diferente acerca disso. Também sou possesiva e repartir a minha filha que é minha só com o pai. É claro que aos poucos fui alargando horizontes e cedo começei a repartir com os meus pais também.
Quanto a outras pessoas ( sogros por exemplo) que ficam um mês sem a ver e ainda se acham com direito e exigem que ela fique com eles uma semana e outra com a minha mãe, eu digo.. Pára aí. A filha é minha e eu e pai é que decidimos com quem é que ela fica. Acho que por serem avós , tios ou primos, não tem direito sobre ela. Sou assim, o que se há-de fazer? Só sou para quem é para mim...

Anônimo disse...

Ok, ok, sou tal é qual como tu, muitissimo possessiva e ciumenta também em tudo, mas nos amores upsss ultrapassos todos os limites e não consigo pensar assim, as minhas filhas são somente minhas e do pai e DE MAIS NINGUÉM, nem de tios, nem de avós, nem de ninguém, somentes minhas e do pai.
Upssss será que ainda sou mais doente???
Não consigo pensar de outra meneira, nem de reagir de outra forma.
Jinhos

Anônimo disse...

Passa sim senhora... mas tens que fazer por melhorar, pq acabas por estar a fazer com que o retraído seja ele... acho eu...

Anônimo disse...

eu acho que é bom eles criarem laços com outras pessoas. De modo que eles amem e sejam amados. Mas, é um esforço que faço, ter esta realidade presente em mim.
A mim custa-me é a obrigatoriedade da coisa. (até há poucos dias fiz um desabafo no meu blog, sobre a privacidade). Custa-me que tenha de estar com a minha sogra duas e três vezes por semana só porque ela tem de a ver. Acho absurdo, mas porque ela também é filha do meu marido, tenho de respeitar. Mas deixá-la com ela sozinha e dormir lá em casa dela, ainda não consegui, nem quero. É uma pessoa com ideais diferentes dos meus e custa-me! (acho que despejei aqui aquilo que me apetecia dizer no meu blog e não digo.... desculpa po aluguer do espaço)

Anônimo disse...

A mim no início tb me custou um bocadinho... toda a gente queria pegar e mexer e tocar e irritava-me particularmente quando insistiam em fazê-lo enquanto ela dormia.
Beijinhos

Anônimo disse...

A minha filha pode ser cidadã do mundo mas é minha, minha, minha.
Eu não me retrai-o!
Ainda....

Anônimo disse...

Compreendo-te bem Flores.. a minha experiência é dupla.. com a mais velha de 3 anos já não sou tão possessiva mas às vezes sou ciumenta ( do genero filha gosto que tu gostes mas não muito ok?)pq a minha é muito "dada" e fica muito "apegada" às pessoas. Este pseudo ciume não se aplica à familia mas sim a outras pessoas que fazem parte da nossa vida. Quanto à mais piquinina gosto que ela seja simpática e só.. o monopólio do bebé pretence a mim, ao pai e à mana.
Mas às vezes tb me retraio e outras vezes tb "entrego" entendes?

Anônimo disse...

Até eu, que nunca compreendi os ciúmes e as pessoas possessivas, acho que consigo entender essa sensação vinda de uma mãe :)

Anônimo disse...

Eles são do mundo, é verdade...
mas eu gosto de acreditar q são um "bocadinho assim" mais nossos... :)

Anônimo disse...

Tb tenho de confessar que sou um bocadinho ciumenta...Então nos primeiros meses...ui ui. Ainda agora não gosto que certas (sublinho certas) pessoas o lambuzem muito. Fico logo a pensar: usar ainda vá que não vá...abusar é que não. E empurrar o carrinho não é tarefa que goste de delegar nas amigas. O FILHO É MEU. :)

Anônimo disse...

:o)

(porque é que o bloglines não me avisa quando postas???!!!)

Anônimo disse...

digo tantas vezes isso... como me identifico com o teu texto!
Os filhos quando estão dentro de nós, fazem parte do nosso ser, quando nascem são do mundo e da sorte e do trabalho deles e de mais ninguém. não existe nada que possamos fazer...
mas acredita que dentro dele, tu és dele e ele é teu!

Anônimo disse...

Olá :-)
Deixei-te um desafio no meu blogue.
beijinhos

Anônimo disse...

Sorry, but...

Ele não é teu, não é do pai, não é dos avós, não é das senhoras que tratam dele, não é de ninguém... Custa, mas é a verdade.

Sabes a canção: "Quando alguém nasce, nasce selvagem, não é de ninguém..."? É assim mesmo. Eles não são nossa propriedade, por mais que isso nos custe. São um indivíduo. São eles. São deles. O teu parto foi isso mesmo: largaste-o.

Um beijinho.

Anônimo disse...

(antes q voltes e pq não quero cá precedentes :P)

eu sou tão pouco possessiva que costumava brincar com a L. "tu és toda, toda minha e só um bocadinho do papá" :) já não brinco assim, claro!

Anônimo disse...

Ui, como me identifico com isto!

Retraída?! Pois, que remédio!...

Beijinhos,

Sandra

Anônimo disse...

Revi-me nessas palavras. Sou como tu... Eles saem de nós mas não para nós, é para o mundo!

Nunca cá tinha vindo, sou nova nisto, mas gostei. Vou voltar.
Um beijo.

Anônimo disse...

Apesar de saber isso, também não gosto de os repartir!
Bjs

Anônimo disse...

Acho que se vai tornando mais fácil à medida que crescem.

Eu sou assim em muitas coisas. Mas também me retraio, tento não mostrar, claro.

Anônimo disse...

Inês,

ñ faço a mínima.

dia-a-dia,

ñ é a mm coisa? São do mundo, mas tb um bocadinho meu. Ok?

Lua,

bem-vinda. Volta sp.

Anônimo disse...

Ai o q te entendo, ai o q te assino!
Não sabes o quanto.
Mas como tu, esforço-me bastante, muito. E até q estou melhorzinha! ;)

Anônimo disse...

também eu sou assim! e não gosto cá dessas coisas do "são do mundo". São meus e do pai, depois o resto logo se vê (mediante estudo pormenorizado).


E eu também sou filha da minha mãe, não sou cá filha de mundo algum. erasóoquemefaltava